segunda-feira, 29 de abril de 2013

Medos imprecisos

Eu tive medo do incerto
medo impreciso,
inquieto, indefeso.

Eu tive um medo morto
amargo, insonso,
pesadelo atônito
eu simplesmente quis...
mas não gritei, e nem chorei,
eu nada tive a dizer.

Tive um verso solto
e num átimo, desgarrou
de mim... eu tive um sonho
onde os meus filhos corriam livres
sem medo de serem felizes.

Eu tive a imprecisa noção
do vago sentimento dos tolos
e, como tal, tive medo do outro
nada reagi, apático diapasão;
eu tive a vontade, fiquei,
eu tive o desejo, não sonhei.

Fui apenas mais um,
cavaleiro de triste figura;
eu tinha tudo, nada fui
agora sou um traço inexato
um pequeno pedaço comum.

Raimundo Gilson dos Santos Júnior
29 de abril de 2013 

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